A PHP Error was encountered

Severity: Warning

Message: fopen(/var/cpanel/php/sessions/ea-php73/rc24h_session7a3a2fdf64888993d1868e948f436883e0f4ec2a): failed to open stream: No space left on device

Filename: drivers/Session_files_driver.php

Line Number: 172

Backtrace:

File: /home/rc24h/antigo.rc24h.com.br/application/controllers/Noticia.php
Line: 8
Function: __construct

File: /home/rc24h/antigo.rc24h.com.br/index.php
Line: 315
Function: require_once

A PHP Error was encountered

Severity: Warning

Message: session_start(): Failed to read session data: user (path: /var/cpanel/php/sessions/ea-php73)

Filename: Session/Session.php

Line Number: 143

Backtrace:

File: /home/rc24h/antigo.rc24h.com.br/application/controllers/Noticia.php
Line: 8
Function: __construct

File: /home/rc24h/antigo.rc24h.com.br/index.php
Line: 315
Function: require_once

Colunista RC24h - Andréa Collet: Dilma, a Copa e eu | RC24H | O Portal de Notícias da Região dos Lagos

Colunista RC24h - Andréa Collet: Dilma, a Copa e eu

Para não ficar com fama de alienada, vou torcer pela Alemanha (número 2 no ranking da Fifa). Desta vez, não vou ficar do lado dos fracos e oprimidos



Nesta quinta, 12 de junho de 2014, às 17h, o Brasil inteiro (ou quase) estará parado – não estático - para acompanhar o primeiro jogo da Copa do Mundo. A anfitriã Seleção Canarinho contará com a torcida de milhões de brasileiros, que se vestirão de verde e amarelo para dar apoio moral, mandar vibrações positivas e tudo mais que a fé do legítimo torcedor de futebol é capaz de crer e fazer. Uma explosão de emoções já está reservada para cada passe, drible ou defesa certeiros, com palpites dos mais variados para o jogo de estreia, sempre contando com a certeza da vitória do Brasil sobre os Ardentes (Vatreni).
 
Sim, vai ter Copa!
 
E mesmo que tenha tardado o enfeitar das cidades e as manifestações mais autênticas da população brasileira em prol da sua Seleção, nos últimos dias as ruas ganharam vida, com as cores da esperança e da prosperidade.
 
Eu não estarei neste grupo (e já me preparei para as previsíveis consequências). Sou brasileira, sim senhor, com muito orgulho das minhas origens. Confesso que não sou fã de futebol nem tenho um time do coração, mas adoro a torcida. As manifestações genuínas, as loucuras e até mesmo as demonstrações ensaiadas e mercadológicas são um espetáculo a parte – e é isso que gosto de ver!
 
E é da Copa de 1994, que também acompanhei com paixão, que tenho as melhores recordações: dos jogos e da torcida, é claro! Ganharam as ruas, lágrimas, sorrisos, gritos e coisas que nem sabíamos que os Homens (especialmente os do gênero masculino) fossem capazes de fazer para demonstrar sua paixão e gratidão pelos heróis nacionais. Naquela época, em que os jogadores eram mais gente e menos produto, na qual o sucesso dependia muito mais do DNA e do comprometimento do que das megaestruturas montadas para fazer craques, parece que vestir a camisa da seleção oficial equivalia a defender a nação em uma guerra mundial. E eles realmente vestiam a camisa, representando, em campo, cada cidadão brasileiro.  E, sob essa perspectiva, é impossível amar a Seleção Brasileira atual. Não tenho a menor empatia com os jogadores e não me identifico com o elenco (tirando o Fred). Lembrando as lições do Pequeno Príncipe, como não me cativaram…
 
Para não ficar com fama de alienada, vou torcer pela Alemanha (número 2 no ranking da Fifa). Desta vez, não vou ficar do lado dos fracos e oprimidos. Vou andar com quem tem chances reais de chegar lá.
 
Mas o que a excelentíssima senhora presidenta tem a ver com isso? Não vou entrar na questão do valor investido nos estádios e nas obras de infraestrutura que prometiam mudar a realidade caótica dos grandes centros, especialmente aquelas que contribuiriam para a mobilidade urbana dos cidadãos. Os discursos oficiais tentam nos convencer de uma realidade fantasiosa, que distorce as atrocidades cometidas direta e indiretamente contra o erário público, que nós, trabalhadores, depositamos com tanto suor e sacrifício. Minha reflexão centra-se nas eleições de outubro. Desde pequena, ouvia meu pai dizer que a única campanha política que dava certo no Brasil era a do "pão e circo". O pão vem sendo distribuído ao longo dos anos, por meio das bolsas-misérias, uma das formas mais cruéis de aprisionar o ser humano, acorrentando-o em suas necessidades vitais, impedindo que haja emancipação. Já o circo, esse está montado e o espetáculo prestes a começar!
 
Respeitável público, receio que a vitória da Seleção Brasileira este ano transformaria os heróis em algozes, injetando uma overdose da pior droga, aquela que anestesia tão profundamente o ser, incapacitando-o a ter qualquer senso ou razão. Noiados, continuaremos controlados pelo sistema, batendo palmas e rindo da nossa própria desgraça. Este temor é bem maior do que o medo de que aquele gigante que a mídia alardeou que tinha acordado volte às ruas, desta vez com o orgulho ferido, disposto a qualquer coisa para lavar sua alma. Ouvi um coleguinha dizer, parafraseando o comentarista Caio Ribeiro, que já que a Copa “Social” tinha fracassado, que deveríamos tentar salvar pelo menos a Copa “Esportiva”. Concordo! Vamos torcer democraticamente, independente da Seleção escolhida, com paixão e respeito e, de preferência, que o hexa venha num futuro, breve, espero, quando houver algo mais a comemorar.      
 
Não posso terminar estas linhas sem antes fazer um "mea culpa". Votei no PT até eleger o Lula pela primeira vez. Neste período, também elegi um prefeito. O resultado foi uma das maiores decepções minha vida. Senti-me traída, impotente e conivente, mas aprendi a lição. Em um país com poucas opções, onde temos que escolher o menos ruim, ganhar a Copa é fácil; difícil é escolher os governantes.
 
 
Andréa Luiza Collet, cidadã brasileira e jornalista
Categorias: Opinião

Fotos da notícia




Outras notícias