Colunista RC24h - Dr Paulo César: uma reflexão sobre insatisfação dos jovens com a política

Na última semana, me deparei com uma pesquisa da feita pela Federação das Indústrias do Rio, a Firjan, que aponta que 27% dos eleitores do estado do Rio de Janeiro votariam em branco ou anulariam o voto



As eleições desse ano poderiam representar um momento ímpar na história da democracia brasileira: a maravilhosa oportunidade de dar voz aos filhos da democracia. Em 2012, os jovens com 16 e 17 anos representavam quase trinta por cento do eleitorado brasileiro, somavam 2.913.627 pessoas, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral. Nas próximas eleições, a insatisfação com o cenário político atual fez com que somente 25 por cento dos jovens nessa faixa etária tirassem seu título de eleitor.


Vinte e seis anos depois da Constituição de 88, essa seria a oportunidade ímpar de mostrar nas urnas, o que o jovem eleitor deseja. Seria uma resposta cívica e civilizada capaz de produzir efeitos bem mais interessantes do que o quebra-quebra das manifestações, por exemplo.


Como contraponto, a essa indiferença, deveremos ter uma população madura, de 35 anos até 79 anos, que em 2012 somava 78 milhões 762 mil, 369 eleitores, prontos para decidirem o rumo do nosso País. Eles representarão mais da metade do total de 140 milhões, 646 mil 446 eleitores brasileiros, sem considerar os que estão fora do País e que totalizam 252.343 mil eleitores que também estão nessa faixa etária.    


Além da Lei da Ficha Limpa, que deverá produzir efeitos positivos e banir do cenário político nacional aqueles que em nada contribuem para o País que queremos, a internet poderá surtir um efeito extremamente positivo como espaço de diálogo construtivo e positivo para que o eleitor possa dar um voto de confiança aos futuros candidatos.   


Apesar do grande problema que enfrentamos hoje com uma precária conectividade da internet em regiões como a minha, por exemplo. Acredito no poder das redes sociais como forma de interagir, ouvir críticas, sugestões e poder, levar adiante um projeto que não é só meu, é dessa gente nossa que assisto labutar, há 54 anos.


Na última semana, me deparei com uma pesquisa da feita pela Federação das Indústrias do Rio, a Firjan, que aponta que 27% dos eleitores do estado do Rio de Janeiro votariam em branco ou anulariam o voto. É uma pena... Eles engrossam um coro nada construtivo, somam-se aos 75 por cento de jovens e adolescentes com 16 e 17 anos que se recusaram a tirar o título, e elegem a “birra” como forma de protesto. O País perde, a democracia perde e eles perdem a valiosa chance de dizerem, nas urnas, quem os representa. 


Assim como na vida, no mercado de trabalho, na política, existem os que querem fazer o bem, que apostam nesse instrumento como forma de transformação do mundo.  

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