O ex-governador Anthony Garotinho (PR), candidato ao Palácio da Guanabara, escolheu o vereador Márcio Garcia (PR) a vice na sua chapa. O anuncio foi feito neste terça-feira (1). Ao Senado, disputará o deputado e presidente do Pros no Rio, Hugo Leal.

“Simbolicamente é um nome muito importante, porque ele é uma vítima. Estava entre os 400 bombeiros levados à prisão pelo governo Cabral e Pezão. Ele é o símbolo do destrato e da arrogância de Cabral, que tomou uma medida típica de ditadura”, afirmou Garotinho.

Vereador pelo PR, Garcia é major do Corpo de Bombeiros. Em 2009, foi coordenador da Defesa Civil de Rio Bonito, e acumulou em 2010 o cargo de coordenador do SAMU do município. Foi um dos líderes do movimento dos bombeiros contra o governo Sérgio Cabral por reajuste salarial. Mantendo os ataques a Cabral, o ex-governador disse que a escolha de Garcia representa um pacto com o funcionalismo, que será repeitado, se eleito.

“Cabral chamou os bombeiros de vândalos, os médicos de vagabundos e os professores de preguiçosos. No entanto, ele é quem vive viajando”, declarou o deputado.

Garotinho aguardava decisão do PEN se integraria sua chapa. Mas o partido deverá apoiar a reeleição do governador Luiz Fernando Pezão. A aliança do ex-governador é formada por PR, Pros e PTdoB, somando, segundo ele, pouco mais de três minutos. Ele minimizou o pouco espaço na propaganda eleitoral de rádio e TV, dizendo que nas eleições deste ano ela não terá o mesmo peso de disputas passadas. Argumentou que no Rio aumentou muito nos últimos anos a assinatura da TV a cabo, onde não há obrigatoriedade de veiculação da propaganda. Citou a campanha de Fernando Collor de Mello, em 1989, eleito pelo PRN, com pouco espaço na TV.

Se eleito, prometeu Garotinho, sua primeira medida será cancelar a privatização do Maracanã. A não ser, disse, que o empresário Eike Batista pague os financiamentos junto ao BNDES feitos pelo governo do estado do Rio. Prometeu, ainda, mudar o nome dos presídios, tornando-os "unidades prisionais de trabalho", e reduzir em 50% o valor do IPVA, estendendo a medida que vale aos empresários de ônibus, segundo ele, para a população.