A Prefeitura de Cabo Frio promoveu esta semana um curso de capacitação para os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, que atuam no Hospital Dia e na ONG Lar Esperança; e para os técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social que trabalham no  Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

 

O curso foi organizado pela Coordenadoria do Programa Municipal de DST/AIDS. Segundo a coordenadora do programa, Ana Paula Rangel, o objetivo do curso foi o de promover uma capacitação com os profissionais que trabalham diretamente com a população de rua. Durante o encontro eles receberam informações sobre como deve ser feita a abordagem para o rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis (DST) assintomáticas, especialmente sífilis, gonorréia e clamídia, em pessoas em situação de risco para que elas também tenham a oportunidade de diagnóstico e tratamento.

 

– Muitas doenças sexualmente transmissíveis aparecem sem sintomas, o que dificulta o diagnóstico. Agora, esses profissionais estão com um olhar mais específico para esses problemas, aprenderam a abordar o público alvo da campanha, a fazer a pergunta correta e a encaminhar o paciente para o tratamento – disse Ana Paula.

 

As doenças sexualmente transmissíveis são muitas e podem ser causadas por diferentes agentes. Apesar disso, elas podem ter sintomas parecidos. As mais conhecidas são sífilis e gonorréia. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.

 

Segundo Ana Paula Rangel as doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um dos problemas mais comuns da saúde pública em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil.

 

Atualmente, o Hospital Dia faz mensalmente cerca de 1.500 atendimentos. Na maioria dos casos, são pessoas em busca de teste rápido para HIV, teste de sífilis e vacinas contra tétano e hepatite B. Mensalmente também é feita na unidade a entrega de medicação para HIV a 480 pacientes cadastrados.

 

O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças. O atendimento e ao tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.