Justiça bloqueia as contas do Porto do Forno de Arraial do Cabo

Diretoria afirma que pagamentos de funcionários e fornecedores estão em dia e acusa a administração anterior pelo bloqueio judicial


A Companhia Municipal de Administração Portuária de Arraial do Cabo, teve, realmente, as contas bloqueadas pela justiça.  Mas, a saúde financeira do Porto do Forno vai muito bem. A informação partiu do Diretor de Planejamento e Controle da Companhia, Victor Lemos, em entrevista ao Portal RC24h, nesta quarta-feira (13). 


Victor explicou que o bloqueio nas contas ocorreu por causa das dívidas deixadas pela antiga administração do Porto do Forno: “O recolhimento previdenciário não vinha sendo feito desde o ano 2000. Após ser transformado em dívida ativa, em 2005, e posteriormente em processo de execução fiscal, os administradores da época fizeram um parcelamento e pagaram apenas a primeira parcela; mas após receberam a Certidão Negativa, não pagaram o parcelamento e deixaram de fazer o repasse do recolhimento previdenciário, com isto a dívida se acumulou,” disse o diretor.


Ele disse ainda que os novos gestores do Porto do Forno identificaram as dívidas e encaminharam para o Tribunal de Contas, em 2009, quando assumiram. Mas admitiu também que há dívidas da atual gestão e por esta razão foi executado o bloqueio de R$1,5 milhão nas contas da Companhia. Apesar do bloqueio, o diretor garante que a saúde financeira do Porto do Forno não foi afetada: “Continuamos pagando em dia nossos fornecedores e funcionários. 


Confiança na solução para a próxima semana


O diretor de Planejamento e Controle, Victor Lemos, se posiciona de forma otimista com relação à liberação do bloqueio. Ele explica que primeiro era preciso eliminar o mérito do bloqueio, o que já foi feito através do parcelamento da dívida. “Agora a gente está buscando o despacho com a juíza, e aí depende do entendimento dela, porque há juízes que têm o entendimento contrário, que segura a importância até que seja sanado todo o débito, então é uma questão do entendimento do magistrado. A gente está buscando o despacho dela com todo o material pertinente, até porque o entendimento contrário ao desbloqueio é para quem procura para outros fins, mas não é o nosso caso; a gente pede, para pagar grande parte do tributo. Existe o parcelamento, mas eu quero usar esta quantia bloqueada para minimizar a dívida”, esclareceu o diretor. 


Diretor afirma que o Legislativo está fazendo a sua parte 


Sobre os requerimentos que os vereadores aprovaram esta semana, pedindo explicações sobre a administração do Porto do Forno, Victor Lemos diz que não vê nenhum problema, uma vez que este é um meio de dar transparência ao atos do Porto do Forno e concluiu: “O Legislativo está aí para isso”.

 

Administração do Porto do Forno desconhece pagamentos a empresa de cosméticos 


Ao ser perguntado sobre o possível pagamento de R$ 1000,000,00 a uma empresa de cosméticos, conforme denúncia do vereador Renatinho Vianna, Lemos garante: “Não existe nada nem parecido com isto”. Finalizou. 


O Porto do Forno tem atualmente 114 funcionários. Ele está entre os três primeiros dos Estado do Rio de Janeiro e, segundo a assessoria de imprensa da instituição, em 2013 a receita bruta foi de R$7,5 milhões. 

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