Inelegível por oito anos, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o ex-prefeito de Araruama, André Mônica (PMDB), afirma que a condenação não vai atrapalhar a candidatura dele nas eleições municipais em 2016. Em entrevista ao Portal RC24h, o ex-prefeito afirma que vai reverter a situação.
"Trata-se de uma condenação em função de programa de rádio. Muitos dos quais eu nem participei. Estou tranquilo. Vamos reverter essa situação, porque, na minha opinião, é uma decisão que não tem cabimento. Ganhamos esse processo em primeira instância. Para a minha surpresa, perdemos na segunda. Mas ainda cabe recurso no próprio TRE e ainda no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)", disse o ex-prefeito.
A condenação de André Mônica foi proferida em 20 de outubro último, pelo desembargador do TRE, Edson Vasconcelos. Segundo o acórdão do Recurso Eleitoral nº 423-21.2012.6.19.0092, foi comprovado o uso indevido de meio de comunicação social para divulgação, em programas de rádio, durante o período eleitoral, das realizações do então chefe do Executivo com emissão de opiniões desproporcionalmente favoráveis ao candidato à reeleição. A ação movida pela Coligação Vamos Mudar Araruama, formada pelos partidos PR, PPS e PHS, denunciava o uso dos programas "Araruama informa" e "Araruama em ação", que extrapolavam os limites da liberdade de expressão.
Polarização em Araruama
Para André Mônica, o município de Araruama vive hoje uma polarização política entre o PMDB, partido do qual ele faz parte, e o PR do atual prefeito Miguel Jeovani. Para Mônica, a vitória de Márcia Jeovani nas eleições deste ano não foi surpresa para o grupo dele, principalmente pelo tamanho da campanha. Mesmo assim, ele acredita que os Jeovani tiveram considerável queda na quantidade de votos.
"Se levarmos em consideração outras votações, Márcia teve acentuada queda. Assim como Miguel Jeovani, na comparação da última eleição com a anterior. Na minha opinião, isso se deve ao fato de grande parte da população rejeitar o governo dele", disse André Mônica.
Ele finalizou a entrevista, afirmando que os advogados dele estão recorrendo da decisão que o tornou inelegível. E mesmo que o quadro não mude, o PMDB continua forte em Araruama. "Meu partido tem um grupo forte e atuante na cidade. Meu nome ainda está no páreo para concorrer às eleições de 2016. Mas, caso aconteça algo até lá, temos excelentes nomes dentro do partido", finalizou.
