O secretário estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, disse que vai procurar nesta segunda-feira (17), o prefeito em exercício de Cabo Frio, Silas Bento (PSDB), e o secretário estadual do Ambiente, Carlos Portilho, para pedir maior fiscalização para as áreas turísticas do Parque Estadual da Costa do Sol e da Apa do Pau-Brasil.
Ele decidiu procurar o prefeito e o secretário depois dos crimes ambientais que aconteceram na região pelo quarto fim de semana consecutivo. Banhistas fizeram churrasco junto a áreas de mata nativa; estacionaram carros na restinga; levaram carros de som para as praias; e, montaram tendas em meio a vegetação. No local não havia agentes da Guarda Marítima e Ambiental, do Inea e nem do 25º BPM (Cabo Frio).
No fim da manhã de domingo, o Coordenador de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria estadual do Ambiente, coronel José Maurício Padrone, acionou o 25º BPM. A Polícia Ambiental, que fica em Niterói, só seguiu para o local no fim da tarde.
"Tenho recebido muitas reclamações de turistas sobre a desordem nas praias. Este quadro é muito ruim porque estamos fazendo um forte trabalho de promoção dos municípos da Região dos Lagos no exterior e Cabo Frio está prestes a receber um resort de categoria internacional. As praias são a joia da coroa da Região dos Lagos e precisam de ordenamento, principalmente na alta temporada, que está começando", disse o secretário.
O coordenador de combate aos crimes ambientais da Secretaria estadual de Ambiente, coronel José Maurício Padrone, acionou na tarde deste domingo, policiais do 25º BPM (Cabo Frio) para reprimir vários crimes ambientais que estão sendo praticados por banhistas e excursionistas no Parque Estadual da Costa do Sol e na Área de Preservação Ambiental Pau Brasil, em Cabo Frio.
Churrasco em área de preservação
No canto direito da Praia das Conchas, em Cabo Frio, dezenas de banhistas chegaram num ônibus fretado e iniciaram um churrasco em meio à vegetação intacta de restinga na Praia do Peró. Outro grupo cometia o mesmo crime na entrada do Peró, junto ao restaurante Boca de Siri. Além disso, montaram barracas na área de vegetação preservada que também foi invadida por carros.
A fiscalização no local deveria ser feita pela Guarda Marítima e Ambiental de Cabo Frio e por agentes do Instituto Estadual de Ambiente (Inea). No entanto, não há nenhum fiscal em toda a extensão das praias. O policiamento ambiental mais próximo fica em Niterói, a 140 quilômetros do local.
"O problema só será resolvido quando as prefeituras de Cabo Frio ou Arraial do Cabo liberarem o espaço para instalação da 1ª Coordenação de Policiamento Ambiental. Estamos esperando o retorno das duas prefeituras. No dia 25, vamos ter uma reunião com todos os chefes dos parques, diretores do Inea e os novos oficiais da Coordenação, para buscar um melhor entrosamento nas operações de verão", espera o coronel Padrone.
Fonte: O Globo
