Apesar da administração municipal garantir se tratar de uma crise temporária, a circulação do dinheiro em Cabo Frio já dá mostras que está menor. Ou pelo menos o consumidor está temerário em gastar. Por conta disso, o comércio está fazendo o que pode para minimizar o impacto financeiro, através de promoções e até enxugamento de funcionários em algumas lojas. Algumas já fecharam as portas.

"Essa situação é muito triste, o povo não tem culpa mas é quem acaba pagando o pato. Tive que diminuir o número de empregados de seis para quatro porque, além do movimento ter diminuído por conta da baixa temporada, não sabemos o que vem pela frente. Tinha muitos clientes da Prefeitura e acho que vão todos sumir daqui. Mas espero pelo melhor, tomara", disse o gerente de um pequeno restaurante no centro da cidade, na Rua Major Belegard.

No comércio de roupas, calçados e acessórios, o jeito é apelar para o desconto. Grande parte das lojas do centro comercial de Cabo Frio - Praça Porto Rocha, Avenida Teixeira e Souza e as ruas Érico Coelho, Jonas Garcia, Casemiro de Abreu, Silva Jardim, Itajuru e outras - estão com campanhas para atrair o consumidor, com descontos que chegam a 80% em alguns casos. Além disso, quem paga em dinheiro tem mais desconto ainda. "Aqui, comprando qualquer peça a pessoa leva outra do mesmo valor, de graça", disse o vendedor de uma loja surf wear Vagner Afonso Moura.

O baixo volume de vendas nesse feriadão da Semana Santa com relação ao ano passado desanimou um pouco. Mas a vendedora de sapatos Rita de Cássia Brito espera que outros feriadões sejam melhores. "Daqui a pouco temos outro feriadão (Tiradentes) e a torcida é para que tudo melhore né? Cabo Frio não merece essa tristeza", finalizou a vendedora.