Fyllipe Duarte, de 28 anos, e  Eduardo Veras, 26 anos, trocaram votos em uma cerimônia civil no nos moldes de um casamento tradicional, no Cartório de Registro Civil de Cabo Frio na tarde desta sexta-feira (7). Em grande número, familiares e amigos dos rapazes estiveram presentes a celebração.

Moradores de Cabo Frio, Fyllipe é cabeleireiro e maquiador, e Eduardo, assistente financeiro e estudante. Os jovens vivem juntos há quase dois anos e resolveram consumar o casamento civil com objetivo de estruturarem suas vidas e garantirem a seguridade conjugal para ambos.

Para a advogada Tatiana Crispim, representante da ONG Grupo Iguais, e que atua em defesa da comunidade LGBT, em Cabo Frio, só o casamento civil equipara a seguridade de um casamento entre homossexuais ao de heterossexuais. Diferente da união estável, a união no civil garante os mesmos direitos às duas relações, que são estabelecidos pelo Código Civil, como inclusão em plano de saúde e seguro de vida, pensão alimentícia, direito sucessório e divisão dos bens adquiridos.

"Antes da resolução do CNJ, a união de pessoas do mesmo sexo era reconhecida como estável, desde que fosse pública, contínua, duradoura e com o objetivo de constituir família. Entretanto, os casais precisavam ingressar na Justiça para que suas uniões fossem reconhecidas; com o advento do conselho esses direitos já são garantidos compulsoriamente. Mas é válido lembrar que ainda precisamos desse direito garantido na constituição, o que é uma prerrogativa do nosso legislativo nacional", pontou a advogada.

O casal descreveu o ato como  o dia mais feliz de suas vidas. "Quando duas pessoas do mesmo sexo se gostam ao ponto de querer dividirem uma casa, uma vida e tudo mais que uma relação conjugal de amor estabelece, ninguém pode ir contra um amor verdadeiro. O Deus que acreditamos é de amor, então vamos fazer o que ele ensina de melhor amar e amar," acrescentou Fyllipe.