Dados de uma pesquisa do Sebrae na região, realizada entre os dias 7 e 21 de março, mostram que 55,5% das empresárias foram afetadas parcialmente, enquanto 31,4% disseram ter sido totalmente afetadas pelos últimos fatos ocorridos recentemente no Brasil.
A saída para se manter no mercado, foi o corte de custos. Ainda de acordo com a pesquisa, 70,7% das empresárias se viram obrigadas a implantar mudanças nas empresas para continuar de pé. Com a redução de clientes, foi necessário reduzir preços, custos internos e fornecedores mais baratos, além de reduzir a margem de lucro e renegociar prazos de pagamento com fornecedores.
A coordenadora do Sebrae na Região dos Lagos, Ana Cláudia Vieira, avalia que as empresárias estão no caminho certo. "Na crise, o importante é olhar para dentro de casa. Não é fácil pra ninguém, mas é hora de analisar seu negócio profundamente para promover mudanças e buscar inspiração para encontrar soluções criativas. Não é raro as empresas saírem melhor dessa mexida, mais enxutas, mais focadas e até enxergando novas oportunidades", explicou.
A crise afetou também os hábitos do dia-a-dia das empresárias: 83% delas mudaram os gastos com despesas pessoais, enquanto 55,2% mudaram hábitos com lazer e 45,6% com alimentação.
"Esse é um movimento esperado na crise. Todo mundo procurando exugar despesas. Por isso que as empresas precisam sair de onde estão e promover redução de preço para atrair e segurar clientes. Mas para não ter prejuízo ao baixar preços, precisam avaliar e repensar os processos e estratégias da empresa", explicou Ana.
Mas as empreendedoras ainda continuam otimistas. Elas esperam aumentar o faturamento e, a grande maioria, não pretende demitir.