Pais de alunos da Escola Municipal Luis Lindenberg, no Guarani, em Cabo Frio, vivem um impasse quanto a continuidade das aulas na unidade. O prédio foi interditado pela Defesa Civil por risco iminente de acidente na parte elétrica, que está totalmente comprometida.
De acordo com os responsáveis, que estão mobilizados e se reuniram na última sexta-feira (6), foi proposta a possibilidade de transferir os alunos para o Américo Vespúcio, no Parque Burle, mas a diretora da unidade teria afirmado que a escola não tem condições de receber os estudantes. Alguns pais temem que o Luis Lindenberg seja fechado definitivamente, e muitos sugerem que seja feita uma reforma geral na parte elétrica durante o período de férias, de modo a permitir que os alunos encerrem o ano letivo na escola.
De acordo com Cláudio Leitão, que assume a Secretaria de Educação de Cabo Frio no dia 16 de julho, a futura gestão municipal já está ciente do problema, que é mais grave do aparenta. No entanto, Leitão faz questão de frisar que está empenhado em contornar a situação e devolver o prédio da escola à comunidade totalmente recuperado o mais breve possível.
“Temos uma série de problemas para resolver quanto ao Luis Lindenberg. O prédio da escola pertence à empresa dona das Salinas, que cedeu o imóvel ao município na forma de comodato, mas o contrato venceu justamente no período em que a Defesa Civil interditou o local. Como o governo ainda está em fase de transição, ainda não tive acesso ao contrato e nem posso tomar qualquer decisão enquanto não assumir oficialmente o cargo de secretário. Já conversei com o Alessandro Teixeira (atual secretário de Educação) sobre essa questão e, na próxima semana, vamos nos encontrar novamente para analisar a situação e as soluções cabíveis. Além de resolver a questão contratual, observando todas as cláusulas, temos que analisar toda a estrutura do imóvel, pois acredito que outras partes, além da elétrica, também necessitem de reforma” – detalhou Leitão, que complementou:
“Não quero apontar culpados, mas os problemas no Lindenberg se acumulam há anos. Se os governos anteriores tivessem atendido os anseios da comumidade escolar, realizando as manutenções necessárias, a situação da escola não teria chegado a esse ponto. Renovar contrato e fazer licitação emergencial vai nos tomar um tempo precioso, e não podemos deixar os alunos fora da escola enquanto o problema não é solucionado. Estamos estudando possibilidades caso a gente não consiga entregar o prédio no início do segundo semestre letivo, como alocar os alunos na escola estadual da Praia do Siqueira, que fica completamente vaga no turno da tarde. Esta semana, eu e o Alessandro Teixeira vamos nos aprofundar nessa questão, e na outra semana, assim que assumir a pasta da Educação, poderei apresentar um cronograma inicial do que será feito na unidade” – disse Leitão.
