Acusado de feminicídio em São Pedro da Aldeia é condenado a 17 anos e 8 meses

Crime foi cometido em 2016 e julgamento aconteceu nesta quarta-feira (8)


Um homem acusado de matar a ex-companheira a facadas em São Pedro da Aldeia, foi condenado nesta quarta-feira (8) a sete anos e oito meses em regime fechado. A vítima, Daiana Borges, era técnica de enfermagem e foi encontrada morta em uma zona rural entre São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande, em 2016.

Rodrigo Alves Fernandes da Silva vai responder pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, feminicídio por motivo fútil (matou porque não aceitou o fim do relacionamento) e fraude processual porque tentou limpar os vestígios de sangue no carro.

O condenado será levado para a penitenciária Thiago Telles, em São Gonçalo.

O julgamento aconteceu na semana em que a Lei Maria da Penha completa 12 anos. O acusado foi a juri popular. Durante o interrogatório, o réu Rodrigo Alves Fernandes da Silva negou as acusações.

O crime foi o primeiro caso de feminicídio registrado na cidade. No Brasil, o feminicídio foi definido legalmente em 2015 e qualifica o assassinato da mulher quando envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação ao gênero.

Testemunhas relataram que o ex-noivo de Daiana tinha comportamento descontrolado e possessivo. Ao ser ouvido, Rodrigo não soube explicar as marcas de sangue encontradas pela perícia no carro dele.

Os autos do processo reuniram mensagens de texto enviadas insistentemente por Rodrigo para a ex-noiva mesmo sem respostas dela. Ele falava em resgatar o noivado e não aceitava o término do relacionamento de mais de 10 anos. No dia do desaparecimento de Daiana ele não enviou nenhuma mensagem para ela.

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