As chamas que tomaram conta do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, atraíram os olhares para a situação dos acervos históricos espalhados pelo Estado. Em Araruama, o Museu Arqueológico passa por um momento delicado.
Fundado em 1862, o Museu Arqueológico, antes chamado de Fazenda Aurora, é uma casa cultural que, inclusive, já serviu como lugar de comercialização de negros escravizados.
De acordo com a Prefeitura, responsável pelo museu, a má conservação impede a visitação de pessoas no local desde 2013. Além disso, o lugar recebeu a última visita técnica do Corpo de Bombeiros em 2007.
Ainda segundo a Prefeitura, o Museu Arqueológico possui extintores de incêndio, mas eles não estão em condições de uso.
Cabo Frio
Em Cabo Frio, o Museu de Arte Religiosa e Tradicional, o Mart, também fechou as portas há alguns anos. Em 2012, houve um curto-circuito e o local ficou fechado até 2014 para passar por obras. O prédio estava com problemas no telhado, nas paredes, além de infiltrações.
Com mais de 300 anos, o Mart funciona no antigo convento de Nossa Senhora dos Anjos e abriga obras sacras do século XVII, XVIII e XIX. O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Por seu lado, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) ainda não respondeu sobre a situação estrutural do Mart.
Já o Charitas, Casa de Cultura José de Dome, localizado no Centro de Cabo Frio, tem 181 anos e já foi um orfanato e até abrigo durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo a secretaria municipal de Cultura, o museu possui 15 extintores de incêndio, mas não tem o sistema de segurança contra incêndio e situações de pânico. Ainda de acordo com a Prefeitura, o Charitas precisa passar por uma reforma, principalmente no telhado, além de uma vistoria na parte elétrica.
O município informou que um projeto está sendo elaborado pela nova gestão, com a finalidade de preservar o monumento histórico e suas artes plásticas.
*Matéria do G1 Região dos Lagos