Colunista RC24h/ Maristela Oliveira: A importância das Funções Executivas para a humanidade

As funções executivas são as habilidades cognitivas envolvidas no controle e na coordenação das informações a serviço de ações voltadas para metas específicas


A Aprendizagem, a Memória e a Linguagem, até meados do século XIX, foram estudadas apenas pela Psicologia e pela Fisiologia. Foi em 1861 que se deu o primeiro grande passo para a compreensão dos mecanismos neurais dessas funções, quando Pierre Paul Broca descobriu que a fala é controlada por uma área específica do lobo frontal esquerdo. Em seguida, com novas pesquisas, foram localizadas as áreas do controle voluntário e diferentes córtices sensoriais primários para a visão, audição, sensibilidade somática e paladar. 

O centro das funções executivas do nosso cérebro é o lobo frontal, que compreende o córtex pré-frontal, o maior responsável pelos nossos atos cognitivos, comportamento e atividades emocionais. Ele é aquele que comanda com excelência nossas funções executivas,  para que tenhamos uma saúde mental de qualidade e, consequentemente, uma vida funcional. 

Mas, afinal, o que são as funções executivas?

As funções executivas são as habilidades cognitivas envolvidas no controle e na coordenação das informações a serviço de ações voltadas para metas específicas. Assim, as funções executivas podem ser definidas como um sistema supervisor importante para o planejamento, a capacidade de raciocínio e a integração de pensamento e ação. Em um nível mais refinado, entretanto, as funções executivas, têm sido vinculadas às habilidades específicas de processamento que permitem a resolução de informações conflitantes, ou seja, memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva.

Existem três categorias de funções executivas:

1 – O controle inibitório, ou seja, a capacidade de resistir contra fazer algo tentador para privilegiar a ação desejada. Ele ajuda as crianças a permanecer atentas, a agir de forma menos impulsiva e a ficar concentrada em seu trabalho;
2 – A memória de trabalho, ou seja, a capacidade de conservar as informações na mente, o que permite utilizá-las para fazer o vínculo entre as ideias, calcular mentalmente e estabelecer prioridades. 
3 – A flexibilidade cognitiva, ou seja, a capacidade de pensar de forma criativa e de se adaptar às demandas inconstantes. Ela permite utilizar a imaginação e a criatividade para resolver problemas. 

Nossas funções executivas são as últimas a amadurecerem, fato que acontece na sua totalidade por volta dos 22 anos, porém são as primeiras a derem um declínio natural. Por isso, é importante ter uma conexão bem sustentada para suportar tão abalo.

O papel da escola nesse processo de apreensão das funções é superimportante. No espaço educativo, há várias maneiras de estimular as habilidades que, se não forem desenvolvidas, podem levar a criança, na fase adulta, a enfrentar uma série de dificuldades em diversas esferas de sua existência. 

Blocos de montar, desenhar, pintar, jogos de tabuleiro, são algumas ferramentas que podem ser utilizadas para a estimulação cognitiva. Deve-se observar a faixa etária sempre para que o cérebro se desenvolva da melhor forma possível.

 

Maristela Oliveira – Professora e Psicopedagoga, Especialista em “Estudos da Língua Portuguesa”, Pós-graduanda em Neuropsicopedagogia Clínica e Reabilitação Cognitiva (Instituto Sinapses). Contatos: Tel/whatsapp (22) 992323366 – e-mail: maristelapsiconeuro@gmail.com

*Todas as informações contidas neste texto são de inteira responsabilidade da colunista. 

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