Catalogação do Museu do Surf de Cabo Frio continua até novembro

Cerca de 1.500 peças já foram catalogadas dentro do terceiro maior museu do mundo que abriga peças do gênero


Cerca de 1500 itens do acervo do espaço Expo Lendas do Surf já foram catalogados pela equipe da Superintendência de Turismo Histórico e Social da Secretaria de Turismo de Cabo Frio. O trabalho começou no último dia 1º de setembro, e segundo o superintendente Paulo Cotias, deve ser concluído até o final de novembro.

Conhecido como “Museu do Surf”, o prédio fica na Praça da Cidadania, em frente à Praia do Forte, e é um dos pontos turísticos e culturais mais visitados por brasileiros e estrangeiros. De janeiro a setembro mais de 200 mil pessoas passaram pelo local. Telmo Moraes, fundador do espaço, faleceu em agosto deste ano.

Para facilitar o acesso à história de cada material exposto, desde setembro cerca de 14 estagiários do curso de História da Universidade Estácio de Sá estão trabalhando na catalogação do acervo, sob coordenação de Pablo Magaton, historiador da Superintendência de Turismo Histórico e Social da Secretaria de Turismo de Cabo Frio.

Fundado em 2009, o espaço foi reinaugurado em março de 2017. Ele abriga cerca de 2.500 peças entre itens decorativos, pranchas de surf, bodyboard e longboard, skates, pôsteres, quadros e miniaturas entre outros objetos. Somente pranchas de surf são cerca de 370 em exposição, mas o acervo montado é bem maior. São mais de 900 peças, incluindo a primeira prancha feita para a Mavericks e até peças doadas e autografadas por renomados atletas do surf, como o brasileiro Gabriel Medina, campeão mundial da ASP World Tour de 2014. O espaço é considerado o maior do gênero das Américas Latina e Central e o terceiro maior “museu de surf” do mundo.


“Todos os estagiários tiveram que passar por treinamento porque o trabalho precisa ser feito de forma bastante minuciosa, já que dará um incremento importante ao acervo do museu. A equipe está trabalhando com informações consistentes sobre cada prancha, extraídas dos papéis escritos à mão pelo próprio Telmo. Também estão sendo inseridas informações dadas pela diretora do espaço, Alessandra Peres (viúva de Telmo), e pelo Caio Teixeira (filho de Telmo), que viveram de perto todo o crescimento do acervo”, explicou Paulo Cotias, reforçando que “esse trabalho também dará uma maior segurança no que diz respeito ao controle dos itens em exposição, pois cada peça terá uma etiqueta com numeração específica”.

Para desenvolver o trabalho, além da Universidade Estácio de Sá, a Secretaria de Turismo também conta com apoio da Associação Nacional de História (ANPUH). “Nossa previsão é de que todo o levantamento e catalogação estejam concluídos até o final de novembro, pois precisamos fazer uma revisão das fichas catalográficas e das informações das placas que ficarão nas pranchas com suas respectivas histórias e curiosidades”, esclareceu Cotias.


Mesmo com o serviço de catalogação em andamento, o espaço Expo Lendas do Surf continua aberto para visitação. Administrado pela Secretaria de Cultura, ele funciona de segunda à sexta, das 8 às 17 horas, finais de semana e feriados das 17 às 20 horas. A arquitetura do prédio atende todos os requisitos de acessibilidade, permitindo que pessoas com dificuldade de locomoção também visitem a exposição, que tem entrada gratuita.     

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