Empresários do pólo gastrônomico de Macaé são alvos de quadrilhas

Bandidos ameaçam por telefone e tentando extorquir os comerciantes da orla dos Cavaleiros


Comerciantes e empresários do pólo gastronômico da Praia dos Cavaleiros, em Macaé, se tornaram alvo de bandidos. Há cerca de três meses, supostos traficantes fazem trotes com o objetivo de extorquir os proprietários. 

Segundo uma das vítimas, que é dono de restaurante na orla, numa dessas ligações telefônicas um homem se identificou como traficante da comunidade da Malvinas. Ele exigia R$ 4 mil por mês. Caso a proposta não fosse aceita, o estabelecimento seria alvo de vandalismo. 

Também houve a "promessa" de que os clientes seriam assaltados a qualquer hora do dia. 

Nessa semana, outros dois proprietários foram alvos da quadrilha. "Ligam pedindo dinheiro e ameaçam o nosso comércio; caso a gente não faça o que eles querem", contou outro empresário que não quis se identificar por medo de represália. "Estamos à mercê deles", finalizou.

De janeiro até o mês passado foram mais de 55 casos de assaltos no Pólo Gastronômico. Até abril eram 43. "Estamos preocupados com o aumento da violência. Temos recebido muitos depoimentos dos nossos associados", comentou Luís Henrique Fragoso, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Macaé (CDL).

AMEAÇAS PODEM VIR DE PRESÍDIOS

O tenente-coronel do 32º Batalhão de Polícia Militar, Rodrigo Ibiapina, acredita que os trotes são feitos por presidiários. "Se o empresário ou comerciante entrar em pânico e pagar, irá se tornar um ciclo vicioso", frisou. 

Ibiapina informou que intensificou as rondas policiais na localidade, e destacou a importância do registro da ocorrência. 

"Bandidos se aproveitam de momentos de instabilidade. Se o primeiro pagar, isso não acaba mais. O certo é não ceder às ameaças e registrar ocorrência na Delegacia, para que a polícia civil possa chegar até a autoria", declarou.

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