Três pessoas são presas durante ação do MPRJ e Polícia Civil em Macaé

Operação Falkland cumpre mandados de prisão contra membros da facção criminosa ADA na Comunidade das Malvinas


Cinco pessoas já foram presas pela Operação Falklands, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil nesta terça-feira (4). Três suspeitos foram presos em Macaé e dois no Espírito Santo. Eles são acusados de integrar uma quadrilha que atua no tráfico de drogas e armas do município e no estado capixaba.

A operação, deflagrada em conjunto com a Delegacia de Combate as Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Estado, é fruto de decisão da Justiça a partir de denúncia apresentada pelo GAECO/MPRJ junto à 1ª Vara da Comarca de Macaé. O objetivo é o cumprimento dos mandados de prisão preventiva de oito denunciados por associação para o tráfico e comércio de drogas, com uso de arma de fogo

Com base no Inquérito Policial nº 902-00036/2018, foram presos Luis Carlos Moraes de Souza, o Monstro, apontado como chefe do bando; Alcione Silveira de Souza, o Baixinho; Messias Gomes Teixeira, o Feio; Jairo Barroso de Oliveira; e Renato Alves Soares, o Rei ou Dutra. Além deles, estão também indiciados outros três bandidos: Hugo Almeida dos Santos, o Firma do Baixinho; Pablo Alves Vieira Silva, o Piloto; e Wagner Paulo Rodrigues da Rocha, o Waguinho.

Aponta o MPRJ que, no período de 24 de abril a 11 de agosto de 2018, na Comunidade das Malvinas e demais comunidades na Comarca de Macaé, dominadas pela facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), à qual pertencem, os denunciados, somados a outros indivíduos não identificados, empregaram armas de fogo para a prática dos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, com o objetivo de assegurar o monopólio da venda de drogas ilícitas no território, mantendo distantes os grupos rivais e intimidando a população local.

Para que a atividade criminosa funcionasse e expandisse seus negócios ilícitos, a associação criminosa, ao longo do tempo, construiu estrutura empresarial hierarquizada, tendo como foco a divisão de tarefas, em que cada membro desempenha atividade essencial para o sucesso da empreitada.

Sob a liderança de Luis Carlos Moraes de Souza, os demais integrantes atuavam como gerentes de boca, vendedores e fornecedores de armas, entre outras funções.

A denúncia ressalta que o delito foi cometido nas imediações de estabelecimentos de ensino. Conforme se observa da pesquisa obtida junto à plataforma digital ‘MP em Mapas’, os bairros das Malvinas, Botafogo e Nova Holanda possuem cinco escolas: CM Eraldo Mussi, nas Malvinas; EM Prefeito Alcides Ramos, Botafogo; CM Botafogo, no bairro de mesmo nome; EMEI Prof. Marli Vasconcelos Lemos, também Botafogo; e EMEI Professora Maria das Graças da Silva Ribeiro, Nova Holanda.

Na condição de líderes da organização criminosa, Luis Carlos Moraes de Souza e o gerente Maximiliano Canuto estão incursos nas penas do artigo 33 e artigo 35, respectivamente de cinco a quinze anos e de três a dez anos de prisão, com incidência em ambos das causas de aumento de pena do artigo 40, incisos III e IV, todos da Lei 11.343/2006, na forma do artigo 69 do Código Penal. Sob os demais denunciados, pesam as penas do artigo 35 (três a dez anos), igualmente com a incidência das causas de aumento do artigo 40, incisos III e IV, da mesma Lei.

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