MPE interdita a Prefeitura de Araruama

Agentes do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP), do Ministério Público Estadual (MPE) cumpriram mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Araruama. A suspeita é de fraude em licitações para compra de merenda escolar. O prefeito Miguel Jeovani e outros sete funcionários, entre eles, a secretária municipal de Educação, Berta Antunes, são acusados de fraudar as licitações.


Agentes do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP), do Ministério Público Estadual (MPE) cumpriram mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Araruama. A suspeita é de fraude em licitações para compra de merenda escolar. O prefeito Miguel Jeovani e outros sete funcionários, entre eles, a secretária municipal de Educação, Berta Antunes, são acusados de fraudar as licitações.

A terça-feira (28) começou tensa em Araruama. Agentes do GAP, junto com policiais federais entraram na sede do governo municipal às 9h45m. Todos os funcionários tiveram que sair do prédio. A movimentação, até agora, é intensa. Os agentes entram e saem da Prefeitura com computadores e documentos, que estão sendo apreendidos. Os agentes estiveram em empresas e residências de pessoas envolvidas no caso. 

Nada escapa da peneira do GAP. Os agentes estão recolhendo documentos, computadores, smartphones e toda prova para uma investigação de uma denúncia de fraude em licitação e corrupção. Policiais federais armados cercam a prefeitura, que tem diversos curiosos acompanhando. Existe ainda a informação, também não confirmada, de os agentes estão indo à casa de empresários que fizeram contratos coma prefeitura.

Fachada

Segundo informações direto da Alerj, o prefeito Miguel Jeovani é acusado de estar envolvido na criação de empresa de fachada que concorria à licitações da prefeitura. A reportagem está tentando contato com a Comunicação municipal, mas sem sucesso.

Inferno astral

O prefeito Miguel Jeovani, depois de uma no de governo, entra num verdadeiro inferno astral. Depois de uma decisão para lá de incomum da Justiça, consegue que o grupo "Jornais de Araruama", do Facebook, saia do ar. No espaço, que deveria ser democrático, a população compartilhava denúncias sobre  a cidade. O prefeito não gostou e acionou o jurídico, que funcionou e censurou cerca de 10 mil vozes.

O grupo "Jornais de Araruama", que existe desde 2011 e reúne mais de 10.600 participantes, se tornou fundamental na comunicação local. A cidade, com seus mais de 120 mil habitantes, não tem jornal diário ou semanal nem emissora de rádio comercial FM, TV local, ou mesmo TV a cabo. Restava uma emissora de rádio AM, que era o eterno palco dos embates entre situação e oposição na política do município. Hoje, nem isso. Apesar de ainda estar no ar, todos os horários disponíveis foram alugados à prefeitura.
Categorias: Política

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