Turistas argentinos reclamam de preços abusivos dos taxistas

Em vez de taxímetro, tabela até 50% mais cara para turistas


"No tenemos mucha plata, pero haga un buen precio" (Não temos muito dinheiro, mas faça um bom preço). Assim, os turistas argentinos tentam barganhar um preço justos pelos serviços na cidade. No primeiro contato com Cabo Frio, eles são recebidos a preços exorbitantes. O táxi, por exemplo, para eles, é cobrado até 50% mais caro pela corrida.

"Está muito caro. Cobraram R$ 20 reais para vir do terminal para cá (Praia do Forte). Uma distância muito curta, que dá para fazer a pé. Para conhecer Búzios queriam cobrar R$ 70 por pessoa!", reclama a turista argentina Julieta Caffaro, que optou, junto com as sete pessoas da família, pela caminhada de 1,5 km (de carro seriam 2,3km).

Se não fosse o sotaque castelhano, a viagem custaria cerca de R$ 10, até a altura da Nilo Peçanha, se o taxímetro fosse usado. O estranho é que no próprio site da Astacaf, no regulamento, "o uso taxímetro é obrigatório dentro do município de Cabo Frio".

Segundo o presidente da Associação dos Taxistas (Astacaf) "são preços fechados, sem taxímetro e regulamentado pela Secretaria de Transportes". E parte das reclamações é a falta de entendimento entre turistas e taxistas.

"Esses gringos não estão entendendo nada. Um companheiro levou uma família para Arraial do Cabo e eles queriam pagar R$ 6 por pessoa. A viagem é R$ 60", defende-se Josemario Moreira, presidente da Associação dos Taxistas de Cabo Frio.

O curioso é que não há pessoa dedicada a receber os turistas estrangeiros no idioma nativo. A partir dos limites do Terminal de Transatlântico, o idioma oficial é o 'bom' e velho portunhol.

"Fomos pegos de surpresa. Somos avisados que vai chegar um navio, mas não avisam qual a bandeira. Tenho profissionais bilíngues, mas preciso saber qual idioma é necessário", justifica Baiano.
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