Pai biológico confessa ser autor da morte de garoto brutalmente assassinado em Araruama

De acordo com o advogado da família, o acusado afirmou que o homicídio "aconteceu por acidente". O homem foi levado para a 118ª DP na noite desta quarta (3), onde foi interrogado e se encontra detido


O pai biológico do menino Robson Júnior, de 13 anos, encontrado morto no dia 6 de março na faixa de areia da Praia Seca, em Araruama, foi preso na noite desta quarta-feira (3) após assumir ter sido o responsável pela morte do próprio filho.

 

De acordo com o advogado da família, o acusado afirmou que o homicídio "aconteceu por acidente", que o menino teria se afogado e ele então o enterrou por medo. O homem foi levado para a 118ª DP, onde foi interrogado e se encontra detido. A principal suspeita é de que o homem tenha cometido o assassinato para não pagar a pensão do garoto.

 

 

Durante a busca por informações do paradeiro do menino, a equipe do Portal RC24h chegou a entrar em contato com o pai do garoto por telefone, e pelo tom de voz, o homem dava a entender que se encontrava abatido com o desaparecimento do filho, afirmando que buscava informações diariamente na escola e no curso onde o jovem estudava.

 

O caso causou grande comoção em toda a região. Robson ficou cerca de uma semana desaparecido até seu corpo ser encontrado em avançado estado de decomposição e com sinais de forte violência. De acordo com a perícia, Robson foi vítima de diversas fraturas e teria sido asfixiado pelo autor do crime.

 

ENTENDA O CASO


Robson havia sido dado como desaparecido no dia 6 de março, por volta das 13h, após sua mãe deixá-lo na porta do colégio que estudava, no bairro XV de Novembro. Na ocasião ele não chegou à escola e desde então não foi visto mais. Conforme a polícia, no decorrer das investigações os agentes localizaram inúmeras câmeras de vigilância que possibilitaram perfazer todo o trajeto da vítima após sair da porta do colégio. Em dado momento os policiais se supreenderam ao flagrarem o veículo do pai de Robson trafegando pela região no mesmo local e horário em que seu filho foi visto pela última vez em vida.

 

 


Utilizando recursos tecnológicos avançados, os agentes conseguiram determinar os pontos georeferenciais que o pai de Robson Junior percorreu no dia do desaparecimento do seu filho, constatando que na tarde daquele dia ele esteve no mesmo local em que o seu filho foi encontrado morto quatro dias depois.

 

 

Chamado para depor, o pai inicialmente contou uma versão fantasiosa envolvendo terceiros para reforçar seu álibi, porém todos foram convidados para prestar esclarecimentos e negaram a história contada por ele. Diante dos fatos, o pai foi confrontado com as evidências produzidas pelos policiais, como provas testemunhais, fotos, vídeos de câmeras de segurança, registros de coordenadas de GPS e de aplicativos de celular, informações de operadoras de telefonia. Ele não sustentou a versão prestada inicialmente e durante o depoimento mudou sua versão.

 

 


Dessa vez, ele o pai mudou novamente a sua versão, passando a alegar que encontrou com o filho por acaso, perto do colégio e o convidou a ir para a Praia. Lá, por um descuido, Robson Junior teria se afogado, e ele teria enterrado o filho para não ser responsabilizado. Versão que não batia com as provas dos autos. "Evidências apontam que o Robson Junior teria sido morto por conta de disputa envolvendo pagamento de pensão alimentícia", diz o inquérito. 

 

 

 

Categorias: Polícia

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