Conforme vinha sendo sinalizado pelo sindicato, os funcionários das agências bancárias de Cabo Frio e região aderiram à greve nacional dos bancários nesta terça-feira (06).
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se manteve irredutível quanto a proposta de reajuste, que seria de 5,5% mais R$ 2.500 de abono salarial, a ser pago em uma parcela única. A categoria exige um reajuste de 16% (reposição da inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas mais um aumento real de 5,7%), piso salarial de R$ 3.299,66, Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82, bem como melhorias no valor dos vales alimentação e refeição, 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá para R$ 788 cada. Além disso, a categoria também pede pagamento para graduação e pós-graduação, e melhorias nas condições de trabalho e segurança.
“Temos 100% de adesão nas cidades abrangidas pelo Sindicato dos Bancários de Niterói e Região, o que inclui Cabo Frio e municípios vizinhos. Não queremos prejudicar a população, mas como os valores oferecidos pela Fenaban foram muito inferiores ao que nossa categoria pediu, a única alternativa encontrada foi a paralisação. Temos funcionários em todas as agências auxiliando os clientes que encontram dificuldades nos caixas eletrônicos. Funcionários públicos, aposentados e pensionistas podem ficar tranquilos, pois receberão seus pagamentos. Ainda não temos previsão de uma nova reunião do sindicato ou uma mesa de negociações com a Fenaban, mas acredito que teremos novidades até o final da semana” – disse uma das sindicalistas mobilizada nas agências do Centro de Cabo Frio.
O aposentado Antônio de Souza, de 73 anos, avaliou a greve como “prejudicial para todos”. No entanto, ele reconhece que os bancários devem ser valorizados.
“Greve dos bancários é sempre uma dor de cabeça. Prejudica muito. É um absurdo todo ano a categoria ter que fazer greve para conquistar seus direitos, mesmo com todo o lucro que os bancos têm. Isso tumultua a vida de todo mundo” – lamentou o aposentado.
